quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Na construção de um espanhol universal


Bookmark and Share

americanismos

A RAE (Real Academia Española - equivalente a nossa ABL - Academia Brasileira de Letras) apresenta o primeiro 'Diccionario de americanismos', um volume com mais de 70.000 termos, que adianta a política panhispânica da Academia para os próximos años: menos localismos espanhóis e mais palabras estrangeiras (leia: e mais americanismos).

A palavra trancar (cerrar con llave) possuirá menos presença por ser um localismo de León que guayabo (resaca, en Colombia) por ser um americanismo. A intenção é transformar o espanhol em uma língua universal reconhecendo todas as variantes no mundo. García de la Concha insiste que "não há um espanhol melhor. Depende do gosto. Na verdade, todos falam o melhor espanhol do planeta. A mudança está prosposta a acontecer já na próxima edição do DRAE (Diccionario de la Lengua Española) que será lançado entre 2011 e 2013.

Veja mais alguns americanismos:

  • bocafloja (en México, persona indiscreta).
  • libro (novio, en Nicaragua).
  • afincar(se) (en Puerto Rico, "pegarse mucho una pareja de bailadores"; en Cuba, "propinar golpes"; en Nicaragua, "besar una persona a alguien").
  • estar como la nariz del perro, (en Nicaragua, tener frío).
  • un buque (en Cuba, un plato de comida grande).

Será levado em consideração, também, o espanhol falado nos Estados Unidos - conhecido por muitos como o spanglish (mistura de inglês com espanhol). Como por exemplo, o verbo janquear (do inglês, hang out: salir a divertirse), faulear (agraviar, en Perú) e kíler (asesino). No Dicionário de americanismos foi incluído - vejam o uso autêntico do spanglish - o termo guachimán (do inglês watchman: vigilante). Segundo o presidente da Academia de México, José G. Moreno de Alba: "O espanhol está enriquecendo o inglês. É a segunda língua mais falada naquele país e, em 2050, está previsto que será a primera".

No Dicionário de americanismos, muitas palavras das línguas nativas da América Latina foram adicionadas. Muitos acham que na América só são falados o português, o espanhol e o inglês. Esquecem que a língua oficial do Paraguai é o Guarani; que nos Andes, muitos nativos só falam o Quechua ou o Aimará; Existe ainda o rico idioma dos Aztecas, o náhuatl. Nesta linha de pensamento, entre outras, foram incluídas: un guachipichai (en Ecuador, un tipo de fiesta), katatir (en Bolivia, ponerse nervioso) ou llocalla (un niño entre tres y ocho años) e champurrada (en Guatemala, un bizcocho pequeño muy típico). A própria palavra tomate é de origem náhuatl que já está incorporada no espanhol geral assim como cacao e chocolate.

Para quem ficar preocupado que o espanhol vai tornar-se mais dificil devido a mais palavras no léxico espanhol, não há motivo. De acordo com Humberto López Morales, diretor do projeto deste dicionário,, na atualidade, "80% do vocabulário espanhol é composto de termos comuns como sol, cama, comer. Há, ainda, sendo de uso comum, na América hispanoparlante, muitas palavras com significado diferente daquele falado na Espanha. No entanto, não impede o entendimento mútuo dos falantes destas diferentes regiões. O que está acontecendo é a construção de um espanhol global.

Com informações do site Público.es:
Voces americanas para renovar el español

Nenhum comentário:

Postar um comentário